Trump apresenta plano para encerrar guerra em Gaza com governo de transição e ultimato ao Hamas

Oct 01, 2025By Gilson Pimentel
Gilson Pimentel

Washington, 30 de setembro de 2025 – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano ambicioso para encerrar a guerra em Gaza, em um anúncio feito ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A proposta, composta por mais de 20 pontos, prevê cessar-fogo imediato, libertação de reféns, desarmamento do Hamas e a criação de um governo de transição sob supervisão internacional.


Segundo Trump, o objetivo é pôr fim a meses de confrontos que já deixaram dezenas de milhares de mortos e transformaram Gaza em uma região devastada. “É hora de dar uma chance à paz. Temos um plano claro, justo e que pode trazer estabilidade para o Oriente Médio”, afirmou.


Os principais pontos do plano

Entre as medidas apresentadas, destacam-se:


Cessar-fogo imediato entre Israel e Hamas, com suspensão de operações militares e congelamento das linhas de combate.
Libertação de reféns israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos.
Desarmamento total do Hamas e exclusão do grupo de qualquer participação política futura em Gaza.
Criação de um governo de transição tecnocrático, liderado por figuras independentes, com supervisão internacional e apoio de países árabes.
Reconstrução em larga escala da Faixa de Gaza, com investimentos em infraestrutura, saúde, educação e saneamento básico.

Trump afirmou que o Hamas terá “três a quatro dias” para responder à proposta e advertiu que, caso a recuse, enfrentará “consequências graves”.



Repercussão internacional


A iniciativa foi recebida com cautela pela comunidade internacional. Países árabes reconheceram a importância de buscar uma saída para o conflito, mas levantaram dúvidas sobre a exclusão da Autoridade Nacional Palestina do processo. Já líderes europeus consideraram positivo o esforço diplomático, mas alertaram para a dificuldade de implementação.


Organizações de direitos humanos ressaltaram que a prioridade deve ser o socorro imediato à população civil de Gaza, que enfrenta escassez de alimentos, água potável e serviços médicos.

O Hamas, por sua vez, afirmou que não recebeu oficialmente o plano e negou estar em negociações. Em comunicado, acusou Trump de “impor condições humilhantes ao povo palestino”.



Desafios pela frente


Especialistas em Oriente Médio apontam que o plano enfrenta obstáculos significativos. A aceitação do Hamas é considerada improvável, enquanto a implementação de um governo de transição exigiria cooperação inédita entre atores regionais e forças internacionais.

Além disso, a reconstrução de Gaza demandaria recursos bilionários e garantias de segurança duradoura, algo que, segundo analistas, dificilmente será alcançado sem um acordo político mais amplo.