Ousmane Dembélé vence a Bola de Ouro 2025: análise do prêmio, trajetória e desdobramentos

Sep 22, 2025By Gilson Pimentel
Gilson Pimentel

O que aconteceu

O atacante francês Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain (PSG), foi eleito o melhor jogador do mundo na 69ª edição da Bola de Ouro, organizada pela France Football, em cerimônia realizada em Paris.  
É a primeira vez que Dembélé conquista este prêmio.  
Ele superou concorrentes como Lamine Yamal (Barcelona/Espanha), que ficou em 2º lugar, e Raphinha (Barcelona/Brasil), em 5º.  

Desempenho que justificou o título

Na temporada 2024/25, Dembélé participou diretamente de 49 gols em 53 jogos pelo PSG, com 35 gols marcados e 14 assistências, entre todas as competições.  
O PSG teve um ano considerado histórico, conquistando a Champions League pela primeira vez na sua história, além da Ligue 1, da Copa da França e outras taças domésticas.  
Alguns desempenhos decisivos nas fases mata-mata e em jogos de alto investimento contribuíram para a visibilidade e o peso de suas atuações.  


Trajetória e reinvenção

Embora seja reconhecido há anos por seu talento, Dembélé enfrentou momentos de inconsistência, lesões e críticas, especialmente durante sua passagem pelo Barcelona, onde não conseguiu alcançar de imediato o nível de regularidade que muitos esperavam.  
No PSG, com o técnico Luís Enrique, houve uma clara mudança de perfil tático e de usos: Dembélé foi adaptado em papéis que lhe permitiram maior liberdade ofensiva, e sua carga de jogo foi melhor administrada, o que elevou seu rendimento.  


Impactos do prêmio

Reconhecimento histórico: ele se torna o sexto jogador francês a ganhar a Bola de Ouro, juntando-se a nomes como Zidane, Benzema, Platini etc.  

Valorização pessoal e de mercado: com o prêmio, o prestígio de Dembélé cresce ainda mais, o que pode se refletir em sua imagem, contratos de patrocínio, bônus e papel dentro do clube.  
PSG reforça sua era de protagonismo continental: o clube francês, ao vencedor da Bola de Ouro, ganha mais legitimidade internacional, algo que busca há anos, especialmente em competições como a Champions League.  

Críticas, debates e reflexões

Alguns questionamentos surgem sobre o critério de equilíbrio entre conquistas coletivas e desempenho individual. Por exemplo, até que ponto a conquista da Champions pela equipe pesa mais que atuações excepcionais de jogadores de times menores? A vitória de Dembélé ajuda a afirmar que a combinação de brilho individual + títulos coletivos ainda é decisiva.
Também há quem considere que outros concorrentes poderiam merecer mais visibilidade ou ter pequenas vantagens – debates que são comuns toda vez que há uma premiação subjetiva como esta.
As lesões, o desgaste físico e a consistência ao longo da temporada continuam sendo fatores que jogadores e clubes precisam considerar seriamente, como parte do que se exige para chegar ao topo.

Contextualização

O prêmio considerou desempenho desde 1º de agosto de 2024 até 2 de agosto de 2025.  

Critérios: desempenho individual (com impacto decisivo), conquistas coletivas, classe / fair play.  
Alguns brasileiros apareceram bem no ranking: além de Raphinha em 5º, Vinícius Júnior ficou em 16º lugar.  

A conquista de Dembélé não é apenas um reconhecimento por uma temporada de feitos coletivos (títulos, principalmente a Champions League), mas também uma consagração de seu amadurecimento como jogador: superar as lesões, elevar o padrão de regularidade, e se reinventar taticamente para se tornar peça central de um dos maiores times da Europa. É, em suma, um momento de coroação de uma carreira que já era promissora, mas que agora alcança seu ápice sob olhares críticos e elevados.