Civis venezuelanos recebem instrução militar em meio a tensões com os EUA
O governo da Venezuela anunciou que civis estão sendo treinados pela Guarda de Honra Presidencial, em Caracas, como parte de uma estratégia de fortalecimento da defesa nacional. A iniciativa, segundo o presidente Nicolás Maduro, é uma resposta direta à presença militar dos Estados Unidos no Caribe e tem como objetivo ampliar a capacidade de mobilização do país diante de possíveis ameaças externas.

Durante os exercícios, civis participaram de instruções básicas de defesa, manuseio de armamentos e táticas de resistência, sob supervisão de militares ligados à unidade responsável pela proteção presidencial.
Maduro afirmou que o programa faz parte da chamada “união cívico-militar”, conceito promovido pelo chavismo desde os tempos de Hugo Chávez, que busca aproximar a população das Forças Armadas. “O povo venezuelano está pronto para defender sua soberania contra qualquer tipo de agressão”, declarou o presidente em transmissão oficial.

A medida, porém, é criticada por opositores e organizações internacionais, que veem na militarização da sociedade uma tentativa de controle político e intimidação de civis. Para analistas, a ação também reflete a crescente tensão geopolítica na região, marcada pela presença de navios norte-americanos próximos às águas territoriais venezuelanas.
