Rússia e Bielorrússia realizam exercícios militares “Zapad-2025”; EUA acompanham de perto

O que está acontecendo

Desde o dia 12 de setembro de 2025, Rússia e Bielorrússia iniciaram o exercício militar conjunto denominado Zapad-2025.  

O exercício ocorre em diversos campos de treino nos territórios de ambos os países.  
A Bielorrússia afirma que o Zapad-2025 serve para testar a prontidão defensiva do Estado da União (a aliança estratégica entre Rússia e Bielorrússia).  

Quem está observando

Oficiais militares dos Estados Unidos estão presente no local acompanhando os exercícios.  

Além dos EUA, observadores de outros 23 países também foram convidados ou aceitaram participar do monitoramento, inclusive membros da Otan (como Turquia e Hungria).  
O governo bielorrusso afirmou que os americanos receberam acesso para ver “o que for do seu interesse”, conversar com pessoal, visitar instalações, etc.  

Contexto e tensões

Esses exercícios ocorrem num momento de tensão crescente entre Rússia / Bielorrússia e países da Otan.  

Há preocupação especialmente por sua proximidade com fronteiras estratégicas da Otan — por exemplo, perto do Corredor de Suwalki, que liga os países bálticos à Polônia.  
A escala declarada é menor do que em edições anteriores do Zapad, embora analistas avisem que o tamanho real ou as atividades envolvidas possam exceder os números públicos.  

Significado político

A presença dos EUA como observador pode ter múltiplas interpretações:

Transparência — ao aceitar observadores, Rússia/Bielorrússia podem estar tentando reduzir as preocupações de que o exercício seja uma provocação direta (ou pelo menos dar essa impressão).
Diplomacia militar — indica que, mesmo em meio a rivalidades, existem canais de monitoramento e diálogo militar, possivelmente para evitar escaladas acidentais.
Sinal para aliados/oponentes — que os EUA estão atentos, o que pode servir de alerta político ou estratégico para adversários da Rússia.
 
Por outro lado, o Zapad-2025 também reforça o compromisso de Moscou com sua aliança com Minsk, mostrando que a Bielorrússia continua sendo um importante ponto estratégico para a Rússia.

Possíveis repercussões

Aumenta a ansiedade de países vizinhos e da Otan sobre movimentos militares russos próximos às fronteiras com Europa Oriental.

Pode haver contra-medidas diplomáticas ou militares por parte da Otan ou de países como Polônia, Lituânia e outros do Báltico.
Observadores internacionais poderão divulgar suas análises que podem revelar discrepâncias entre o que foi declarado pelo Estado russo/bielorrusso e o que de fato está acontecendo (quantidades de tropas, tipo de equipamento, alcance dos exercícios, etc.).