OTAN abate drones russos que violaram espaço aéreo da Polónia: tensão máxima entre Moscovo e a Aliança Atlântica

Sep 11, 2025By Gilson Darcy
Gilson Darcy

Varsóvia, 10 de setembro de 2025 – Num episódio sem precedentes desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a Polónia, membro da OTAN, derrubou vários drones russos que violaram o seu espaço aéreo. O incidente elevou de forma significativa a tensão na região e entre as potências envolvidas.

O que aconteceu


Na madrugada de quarta-feira, pelo menos 19 drones militares entraram — segundo as autoridades polacas — no espaço aéreo da Polónia a partir da Rússia e da Bielorrússia.
Destes, pelo menos 8 foram abatidos pela Força Aérea Polaca, com o apoio de aeronaves de resposta rápida da OTAN, incluindo caças F-35 neerlandeses.
O espaço aéreo sobre vários aeroportos, incluindo o Internacional de Varsóvia, Modlin, Rzeszów-Jasionka e Lublin, foi temporariamente encerrado como medida de segurança.

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Reações e implicações




O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, classificou o episódio como uma provocação em grande escala e afirmou que estes drones representavam uma ameaça real à segurança nacional.
A Polónia acionou o Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, que obriga a consultas entre os membros da OTAN perante ameaças à sua integridade e soberania.
A União Europeia, através de Ursula von der Leyen, condenou a violação do espaço aéreo como “imprudente” e expressou “solidariedade total” com a Polónia.
Moscovo, por sua vez, negou qualquer envolvimento direto, considerando as acusações infundadas e exigindo esclarecimentos por parte de Varsóvia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a agressão russa está a atingir níveis sem precedentes e apelou a uma resposta coordenada do Ocidente.





Porque é significativo?




É o primeiro abate confirmado de drones russos por parte da OTAN em território aliado desde o início do conflito.
Mostra a determinação da Polónia e da Aliança Atlântica em defender o seu espaço aéreo e as suas fronteiras.
Aumenta o receio de uma escalada militar que possa envolver diretamente países da OTAN numa confrontação mais alargada.
Reforça a necessidade de coordenação estratégica entre aliados para responder a possíveis novos episódios de incursões.