Mais de 400 vídeos íntimos - Incluindo de mulheres da elite

Gilson Darcy
Sep 11, 2025By Gilson Darcy

Escândalo na Guiné Equatorial: Baltasar Ebang Engonga condenado a oito anos de prisão

O ex-diretor-geral da Agência Nacional de Investigação Financeira da Guiné Equatorial, Baltasar Ebang Engonga, foi condenado a oito anos de prisão e multado em 125,4 milhões de francos CFA (aproximadamente 190 mil euros) por desvio de fundos públicos. A sentença foi proferida pelo tribunal provincial de Bioko em 27 de agosto de 2025  .


Baltasar Ebang Engonga, conhecido pelo apelido “Bello”, é sobrinho do presidente Teodoro Obiang Nguema e pertence a uma das famílias políticas mais influentes do país. Em novembro de 2024, ele foi destituído de seu cargo após a divulgação de centenas de vídeos íntimos (mais de 400) que envolviam mulheres ligadas a figuras proeminentes do regime, incluindo esposas de ministros. Os vídeos foram amplamente compartilhados nas redes sociais, provocando indignação pública e levando as autoridades a tomar medidas para conter sua disseminação  .

Vítimas mortais 

O escândalo teve repercussões devastadoras. De acordo com relatos locais, algumas das mulheres expostas chegaram a tirar a própria vida, incapazes de lidar com a pressão social e a humilhação pública. A tragédia intensificou a indignação popular e levantou debates sobre a responsabilidade das autoridades diante da crise.



Além da condenação por desvio de fundos, Baltasar Ebang Engonga enfrenta acusações adicionais relacionadas à sua conduta durante o exercício de funções públicas. O caso gerou um debate intenso sobre a ética e a transparência no governo da Guiné Equatorial, destacando questões de governança e o papel das elites políticas no país.

As autoridades equato-guineanas continuam a investigar o caso, e a condenação de Ebang Engonga pode ter implicações significativas para a política e a imagem internacional da Guiné Equatorial.