Giorgio Armani: Testamento revela venda gradual do império da moda

O icônico estilista italiano Giorgio Armani, falecido em 4 de setembro de 2025 aos 91 anos, surpreendeu o mundo da moda com seu testamento, que delineia a venda gradual de sua renomada marca. Conhecido por sua postura independente e aversão a grandes conglomerados, Armani instruiu seus herdeiros a vender uma participação de 15% na empresa dentro de 18 meses, com preferência para gigantes do setor como LVMH, L’Oréal e EssilorLuxottica. 

Além disso, o testamento estipula a venda de até 54,9% da empresa nos próximos três a cinco anos, ou a opção de uma oferta pública inicial (IPO) caso a venda não se concretize. A Fundação Giorgio Armani, criada em 2016, manterá uma participação permanente de 30% para garantir a integridade e continuidade da marca. 

Armani fundou sua marca na década de 1970, em parceria com Sergio Galeotti, e manteve controle total até sua morte. A empresa gerou €2,3 bilhões em receita em 2024, embora os lucros tenham enfrentado desafios devido a mudanças no mercado de moda. 

O testamento também designou Leo Dell’Orco, parceiro de longa data, como responsável por 40% do controle da empresa, enquanto Silvana Armani e Andrea Camerana receberam 15% cada. Roberta Armani e a irmã Rosanna detêm 15% em ações sem direito a voto. A Fundação Giorgio Armani, agora sob controle da marca, supervisionará a transição e a seleção de um novo CEO. 

Com essa decisão, Armani assegura que sua marca continue a prosperar, mantendo sua identidade e legado, mesmo após sua partida.