Falha no Starlink deixa exército ucraniano “às escuras” durante mais de duas horas

Gilson Darcy
Sep 15, 2025By Gilson Darcy

Na noite de 24 para 25 de julho de 2025, uma falha global no sistema de internet via satélite Starlink, da SpaceX, deixou militares ucranianos sem comunicação por várias horas.  

A interrupção durou cerca de 2,5 horas (das 22h41 às 1h05, horário local) e afetou não só os militares, mas também clientes civis em mais de 140 países.  

Impacto operacional

Soldados e unidades no front relataram perda de transmissões de vídeo, reconhecimento via drones ficou comprometido, e algumas operações militares foram adiadas ou feitas com informações limitadas.  
O comandante das forças de drones, Robert Brovdi, afirmou que missões foram executadas sem o suporte visual que normalmente os drones oferecem.  
Outro efeito observado: a interrupção evidenciou uma dependência elevada da Ucrânia do Starlink para comunicações críticas no campo de batalha.  


Causa da falha

A empresa responsabilizou a falha pelos “serviços internos de software essenciais que operam a rede principal”.  

Após o problema, a Starlink (via SpaceX) enviou comunicado pedindo desculpas e garantindo que investigações seriam feitas para evitar recorrências.  

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Relevância estratégica

O episódio mostra o quão central o Starlink se tornou para as forças ucranianas — não apenas para comunicações de rotina, mas para operações de reconhecimento, coordenação entre unidades e uso de drones.  
Essa dependência acarreta riscos: interrupções técnicas, interferência ou até decisões externas que podem comprometer missões militares críticas.  
O incidente também reacendeu alertas para a necessidade de diversificação dos sistemas de comunicação, de modo que existam redundâncias no caso de falhas ou de bloqueios.  

Conclusão

Enquanto a Starlink se restabeleceu e garantiu que os serviços foram normalizados, o episódio reforça as fragilidades quando forças militares dependem fortemente de infraestruturas privadas externas. Para a Ucrânia, isso pode significar repensar protocolos de segurança digital, comunicação alternativa e planos de contingência para manter capacidade operacional mesmo sob falhas inesperadas.