ELEVADOR DA GLÓRIA DESCARRILA
Lisboa viveu, na tarde desta quarta-feira, uma das maiores tragédias da sua história recente. O Elevador da Glória, ícone turístico da capital portuguesa e classificado como Monumento Nacional, descarrilou no final do dia, provocando 15 mortos e 23 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades. Pelo menos cinco dos feridos encontram-se em estado grave.
Reação imediata

O Governo português decretou um dia de luto nacional, enquanto o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou três dias de luto municipal. Em declarações aos jornalistas, o autarca classificou o acidente como “um dia negro para Lisboa e para Portugal” e manifestou solidariedade às famílias das vítimas.
“Estamos todos em choque. Lisboa perdeu hoje parte da sua história e do seu coração”, afirmou Moedas, visivelmente emocionado.
Investigação em curso

O presidente da Carris, empresa responsável pela operação do elevador, assegurou que a manutenção da infraestrutura estava a ser feita de forma “escrupulosa e regular”, afastando, para já, a possibilidade de negligência. A Polícia Judiciária e a Autoridade para a Mobilidade e Transportes já abriram investigações para apurar as causas do descarrilamento.
O Instituto Nacional de Medicina Legal pretende concluir as autópsias até ao final da manhã de quinta-feira, de forma a acelerar a identificação das vítimas e a entrega dos corpos às famílias.
Comoção internacional

A tragédia ganhou destaque imediato na imprensa mundial. Jornais de referência na Europa, América e Ásia colocaram o acidente em manchete, sublinhando a dimensão histórica e simbólica do Elevador da Glória, inaugurado em 1885 e considerado uma das principais atrações de Lisboa.
Mobilização no terreno

No local estiveram mais de 120 operacionais, entre bombeiros, INEM, PSP e Cruz Vermelha. O resgate das vítimas foi descrito como “extremamente complexo”, dada a inclinação da colina e os danos estruturais provocados pelo descarrilamento.
Várias equipas de psicólogos do INEM estão a acompanhar sobreviventes e familiares das vítimas.
Próximos passos

O Governo garantiu estar a acompanhar a situação “desde os primeiros minutos” e prometeu uma investigação transparente. “O país precisa de respostas, e elas virão com toda a seriedade e rigor”, disse o ministro da Administração Interna.
Enquanto isso, os acessos à Calçada da Glória permanecem interditados e o funcionamento do Elevador ficará suspenso por tempo indeterminado.