Chega ultrapassa AD nas intenções de voto — primeira vez que acontece
Uma sondagem recente da Aximage para o Diário de Notícias revela uma novidade no panorama eleitoral: o partido Chega, liderado por André Ventura, surge pela primeira vez à frente nas intenções de voto a nível nacional, com 26,8%, superando a AD, que obtém 25,9%. Ambos os valores estão dentro da margem de erro.

O que diz a sondagem
A recolha de dados foi feita de 2 a 5 de setembro de 2025, junto de 570 entrevistas, via método por quotas. Margem de erro: ±4,1%.
Depois de distribuídos os indecisos (4,9%), os valores principais são:
Chega: 26,8%
AD: 25,9%
PS: 23,6%

Outras forças políticas e dados regionais
Lucy Livre surge com 6,5%, ligeiramente à frente da Iniciativa Liberal, que regista 6,2%.
Outros partidos seguem com percentagens menores: PCP com cerca de 3,1%, Bloco de Esquerda com 2,4%, PAN com 1,7%.
O Chega lidera especialmente na Área Metropolitana de Lisboa, enquanto a AD mantém mais força noutras regiões.

Contexto e interpretação
Embora o Chega esteja em primeiro lugar nesta sondagem, há vários fatores a considerar:
A margem de erro (±4,1%) indica que estamos num empate técnico entre os partidos principais.
Comparado às legislativas de maio, a AD viu uma queda nas intenções de voto, enquanto o Chega ganhou alguns pontos.
A sondagem também mede quem é visto como líder da oposição: André Ventura aparece bem à frente neste estatuto por parte dos inquiridos.

Significado Político
Esta mudança representa uma viragem – mesmo que parcial – no equilíbrio político. O Chega, partido normalmente fora das maiores coligações de governo, está agora numa posição de maior visibilidade e pressão.
A AD pode sentir a necessidade de reagir estrategicamente, seja reforçando sua mensagem ou ajustando políticas para recuperar intenções de voto.
Para o Chega, isto é tanto uma oportunidade como um desafio: liderar numa sondagem traz expectativas altas e visibilidade mediática, mas também uma maior responsabilização por propostas e desempenho.